quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vozes Noturnas

Toda vez que me deito ouço vozes.
Elas não são amigas, pois sinto como é sarcastico seu ton.
Essas vozes tentam me destruir, tentam me levar pra um abismo que nem eu mesmo sei onde vai dar.
Paro...ouço o suficiente.... e digo pra mim no silêncio da noite que não preciso ouvi-las.
Como são insistentes essas vozes.
Não sei o que elas realmente querem.
Tento me libertar, viro para o lado e tento dormir.
No fundo sei que não existe voz nenhuma.
É apenas meu inconsciente afirmando que o mundo não parou
Que eu não parei.
Que o que me fizeram não é culpa minha.
Que tudo que vivi foi verdadeiro pois sempre fui eu mesmo.
E quando se é verdadeiro no que se é. Não há erro.
Sempre que acordo percebo que a vida continua.
A roda gira e gira o tempo.
É hora de seguir caminhando.
De seguir em frente.
De ser feliz mais uma vez.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Palavras

Palavras...
Pensamentos...
Mente vazia...
Palavras soltas que o vento leva
Palavras que a maré carrega.
Silêncio.
A voz emudecida pela dor
A dor que gera o nada
A insensatez, a dormência.
A alma só.
O choro que não veio
A lágrima presa no tempo
tempo que passa, mas é sempre o mesmo.
Temporal que lava as palavras soltas
Palavras que o vento traz
Palavras que a maré devolve.
Já não são soltas as palavras
Tem sentido, sentimento, tem vida, tem morte.
Silêncio
A voz emudece, palavras esquecidas
Uma lágrima que desce
É o bastante para dar sentido a vida.