domingo, 18 de fevereiro de 2018

Apenas eu

Quando pensei que sabia amar
Descubro que nem isso sei.
A vida me tirou tudo
De tudo que acreditei

Ao longo do caminho sempre me disseram que eu não era bom pra nada.
Busquei traçar meu caminho acreditando que não era verdade.
Até você aparecer e mostrar que eu era diferente.

Tudo que antes me assombrava se tornou neblinas.
Lembranças em forma de fumaça que se esvai no tempo.
O sonho, o delírio, a euforia de ser quem eu não era.

Mas com o tempo não se pode lutar
E você me mostrou que mesmo no amor
Eu nunca soube amar.
Tudo que tentei enfim em vão

Volto ao passado vejo que muitos tinham razão.
Hoje, triste em perceber que onde eu tinha paz
Já não posso descansar.

A paz que eu tinha era uma ilusão
Diante de mim mesmo, surpreso
Vejo apenas, no reflexo, um borrão.
Não sou nada. Não sou ninguém.
Apenas eu, eu...eu quem?