O vazio da sua presença me faz perceber
Que em mim o que resta não sou eu mas você.
Esqueço de mim para tirar essa dor que consome
Você volta e volta sempre mais forte
Como ondas que nunca se cansa.
Te arrancar dos pensamentos é como tirar de mim a sanidade
Apagar você do meu coração é como secar as minhas veias
Tento deixar você ir, vago pelas ruas da cidade.
Mas volto a me unir a você sempre que retorno a realidade.
Sei que hoje sou o último que te recordas
Uma semente plantada quase que esquecida
Deixando sob a terra como quem brota
A ecoar um grito de quem aos poucos se sufoca.
Nessa caixa onde retém o meu pranto
Busco um refúgio, um sopro de existência
Já não tenho sonhos nem anseios
Vivo como quem perdeu a vida
Preso em si mesmo.
Na própria consciência.
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