quarta-feira, 30 de março de 2011

O outro no espelho.

Percorri meu caminho só.
Fui amparado muita vezes.
Diversas vezes pensei em desisti.
Na companhia do fracasso, vi em seus olhos opacos
A força para continuar sendo quem sou
O que me tornei e o que me ensinaram.
Anotei em um papel toda minha vida para descobrir quem eu era.
Reli, estudei, analisei.
Percebi que eu era um fragmento do que me tornarias.
No rascunho da minha tão recente vida
Tenho riscado algumas coisas
Reiterado outras e acrescentado alguns macetes.
Talvez jogue fora esse papel.
Talvez o guarde para mostrar a alguem quando estiver velhinho.
Talvez pegue outra folha em branco
E volte a escrever sobre quem sou.
Tantas vezes tentei descobrir quem é esse do outro lado do espelho.
Qual o seu papel nessa vida.
Na vida das pessoas pela qual já passou e passará.
O que realmente tenho que dar para elas?
O que tenho que receber delas?
Tudo nessa vida é uma via de mão dupla.
O que dou é o que recebo.
Mas de que vale o que recebo?
Dúvidas são constantes.
Que bom que elas existem.
Sou o que sou por que tenho dúvidas sobre esse que me olha no espelho.
Então olharei em seus olhos e direi que só se vence o mundo quando vencemos a nós mesmo.
Essa vitória permitirá meu próprio crescimento.
A expansão da minha consciência.
A confirmação do meu EU.
E o espelho já não assustará mais.
Será apenas um ítem na porta do guarda-roupa.

Um comentário:

Edson Marques disse...
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