sábado, 19 de agosto de 2017

Codinome Jazigo

O que sente a criança no abandono?
O cão largado no acostamento?
O mendigo esquecido
Em um mundo cheio de sofrimento?

Viver, para muitos é um desafio constante
Para alguns existir é o suficiente
Passando por tantos corpos no dia a dia
Como se mortos tivessem 

Não enxergamos o que tem por dentro
a casca que habita o ser
diz com a boca o que o coração não sente
esperança morta vagueia 

Em busca de uma gota  que sacie sua fome
mendiga a vida, apesar do que se come
Vivem os fantasmas que passeiam pelas calçadas
cegos, vislumbram apenas o passado

Jaz na pedra de mámore
a lápide que em vida sustentou
desviando daquilo que plantou
fingindo a todos enganar com maestria
sofre o ser, sem contar o que sentia



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